01 novembro 2008

Saiba como escolher programas para proteger seu PC

Softwares de segurança são importantes ferramentas para ajudar no processo da segurança.

É bem possível que você já tenha encontrado pragas digitais que conseguiram se infiltrar no computador, mesmo com o antivírus em perfeito estado de funcionamento. Por isso, na estréia da “Segurança para o PC”, vou dar dicas para os usuários fazerem a escolha certa na hora de adotar softwares de segurança. O foco desta primeira coluna será o antimalware, ou suíte que protege contra diversos tipos de códigos maliciosos, e também conceitos que ajudam na hora de adotar soluções para proteger sua máquina.


Quando um código malicioso invade o computador, a conclusão geralmente é a de que o problema é o software, e a busca por uma ferramenta adequada recomeça toda vez que a anterior falha. O problema, porém, não pode ser encarado desta forma.

Bruce Schneier, um dos mais importantes e reconhecidos especialistas em segurança (alguns o consideram o “Chuck Norris” do ramo), tem o lema “segurança é um processo, não um produto”. A citação reflete nossa procura por uma saída fácil para os problemas, preferencialmente algo que se possa comprar e depois esquecer. Ao afirmar que segurança não é um produto, Schneier nos ensina que, para este campo, não existe um “enlatado” que sirva para todos.

Independentemente do software que você escolher, lembre-se que ele não fará tudo sozinho. Assim, o programa de segurança mais adequado é aquele que você conhece melhor – não apenas em suas configurações, mas em seus pontos fortes e fracos, porque não existe uma solução sem falhas. Ao ter conhecimento das limitações do produto, você sabe quando precisa de um cuidado extra.

Considere ainda que cada programa tem um peso na memória e no processador do computador e que instalar e usar vários programas ao mesmo tempo – especialmente dois do mesmo tipo – poderá diminuir sua segurança, pois softwares de proteção também possuem vulnerabilidades que podem ser aproveitadas por indivíduos e códigos maliciosos. Em julho, a empresa alemã n.runs AG divulgou que, em alguns meses, 800 falhas – 35% delas graves – foram encontradas em softwares antivírus.

Ainda assim, softwares de segurança são importantes ferramentas para ajudar no processo da segurança. Escolher uma ferramenta de qualidade, adequada para suas necessidades, é importante. Nesta primeira coluna, dividida em duas partes, dou algumas dicas para ajudar você a fazer as escolhas certas, começando pela camada “antimalware”.

Antimalware

Primeiro havia o antivírus, depois o antitrojan e, mais tarde, o anti-spyware – todos com funcionamento semelhante. O resultado foi previsível: suítes completas “antimalware” foram criadas, forçando os desenvolvedores mais tradicionais a fazerem o mesmo. A maioria dos softwares “antivírus” é capaz de identificar trojans, spywares e vírus, é claro.


Caso o antivírus que de sua escolha não detecte todo tipo de código malicioso, procure outro software ou uma solução anti-spyware dedicada para trabalhar junto com ele. Se o software já incluir uma proteção, não instale outros aplicativos desnecessários, ou pelo menos deixe os “scanners de tempo real” desativados.

A grande maioria dos usuários de Windows precisa de um programa antivírus para servir de auxílio na identificação de pragas digitais. O software não substitui, porém, os cuidados ao abrir arquivos de fontes inseguras e durante a navegação na internet. Se você nunca abrir um vírus, nunca vai precisar de antivírus. Não abuse da sorte: dependa no antivírus apenas quando necessário.

























É importante que você considere a taxa de falsos positivos, que é a freqüência com que o antivírus detecta softwares legítimos como maliciosos, ou seja, são “alarmes falsos”. Um usuário experiente pode identificar um falso positivo facilmente, mas os mais leigos devem preferir uma solução com menos erros.

Avira, AVK e Kaspersky, por exemplo, possuem ótimas taxas de detecção, mas alta taxa de falsos positivos, enquanto o McAfee e o Norton detectam menos pragas, mas tem menos falsos positivos, de acordo com os testes da AV-Comparatives.org.

Um site interessante é o VirusTotal.com. Ao enviar um arquivo no VirusTotal, ele será analisado por 36 antivírus. Se você suspeita de um arquivo específico, ou mesmo acredita ter encontrado um falso positivo, o VirusTotal pode lhe ajudar. Não use-o, porém, para comparar os softwares, pois não é um método objetivo e confiável.


VírusTotal usa 36 antivírus para analisar arquivo enviado por internauta.


Não existe o melhor para todos

Em segurança, o “melhor para todos” acaba não sendo tão bom por muito tempo. Isso porque, caso todos usem o mesmo, “melhor” programa, os criminosos irão ajustar seus códigos maliciosos para escapar daquele programa, usar as falhas nele existentes e inutilizá-lo após a infecção de um sistema.

Pequenas diferenças em porcentagens de detecção nos testes não se traduzem em melhorias observáveis na sua realidade. Testes são feitos, atualmente, com base em até dois milhões de códigos maliciosos. Se você encontrar um por dia, 365 por ano, é muito. É por isso que o AV-Comparatives classifica os antivírus em standard e advanced+, desprezando pequenas diferenças nos resultados.

Portanto, faça sua escolha. Conheça seu software e use-o como ferramenta de auxílio, juntamente com o VirusTotal, pesquisas no Google e artigos como este. Aí sim, com seu processo de segurança, você terá um computador seguro.

Fonte: G1

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